Chinkungunya


O que é Febre Chikungunya


A febre chikungunya é uma doença infecciosa causada pelo vírus CHIKV e transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. Caracteriza-se, principalmente, pela febre alta (cerca de 39ºC) e fortes dores nas articulações.


Seu primeiro caso foi detectado no ano de 1952, na Tanzânia, e o termo “chikungunya” deriva do swahili, um dos idiomas do país, e significa “aqueles que se dobram”, devido a curvatura com que os pacientes podem atingir por conta das intensas dores causadas pela doença. Em solo brasileiro, a doença foi confirmada apenas em 2014, porém, desde então, as preocupações são grandes.


É estimado que a doença ocasiona 3 milhões de infecções por ano em todo o mundo. A nível nacional, estima-se que até abril de 2016, 64 mil casos de chikungunya foram notificados ao Ministério da Saúde 11 mil a mais quando comparado ao ano de 2015. Entretanto, o pesquisador Carlos Brito, da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), diz que esses números podem estar equivocados, uma vez que muitos diagnósticos são feitos erroneamente em que casos da doença são diagnosticados como dengue.

Até o vírus chegar à América do Sul, passou por países como Quênia, Comores, Ilhas Reunião e demais ilhas do oceano Índico. Em 2006, chegou à Índia, Sri Lanka, Ilhas Maldivas, Cingapura, Malásia e Indonésia. Em 2007, o chikungunya foi identificado na Itália e, em 2010, teve casos relatados na França e nos Estados Unidos.

Causas e Transmissão

A doença tem como causa o vírus chikungunya, que é transmitido através do mosquito Aedes aegypti (mesmo mosquito transmissor da dengue e do zika) e também do Aedes albopictus. Embora façam parte da mesma espécie, os dois mosquitos apresentam algumas diferenças entre si:
Aedes aegypti: vive em áreas urbanas e a fêmea alimenta-se, de preferência, de sangue humano. Suas larvas são encontradas normalmente em depósitos artificiais, como pratos de vasos, lixo acumulado, pneus e garrafas com água parada.
Aedes albopictus: presente principalmente em áreas rurais, suas larvas são encontradas em depósitos naturais, como buracos em árvores e cascas de frutas. Porém, isso não impede com que recipientes artificiais abandonados em florestas também não sirvam como criadouros do mosquito.

Com relação a forma de transmissão, sabe-se que a única maneira da doença ser transmitida é através da picada do mosquito. Portanto, evitar com que isso aconteça é a única maneira de prevenção contra o chikungunya. Após a picada, o vírus pode apresentar os sintomas entre 4 a 8 dias (tempo de incubação).

É fato que há casos assintomáticos, porém, de acordo com o Center for Infectious Disease Research and Policy, cerca de 72 a 97% dos pacientes infectados irão experienciar algum tipo de sintoma. Por mais que esses sintomas sejam intensos, a taxa de mortalidade é inferior a 1 em cada 1000 casos.

Atenção!

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Não há transmissão da doença entre pessoas porém, caso o mosquito pique uma pessoa infectada com o vírus, ele pode ser transmitido a outra pessoa se o mesmo mosquito picá-la.
A transmissão entre mãe e bebê pode ocorrer durante o parto (transmissão vertical). Não há evidências de que a mãe transmita a doença para o feto durante a gravidez.
Como o transmissor do chikungunya é o mesmo do da dengue, é possível, sim, ter as duas doenças ao mesmo tempo.
Grupos de risco

Por mais que o mosquito possa picar qualquer pessoa e em qualquer idade, alguns grupos são mais suscetíveis a desenvolverem a doença. São eles:
Idosos;
Crianças menores de 1 ano;
Gestantes;
Pessoas que já tenham algum tipo de doença.

Caso alguma pessoa desses grupos seja infectada com o vírus, leve-a imediatamente ao pronto atendimento.

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