SOBRE O INCÊNDIO EM SÃO PAULO
Mais três famílias estão em busca de moradores do prédio que desabou após incêndio no centro de São Paulo na madrugada de terça-feira. Sem conseguir fazer contato, eles temem que os parentes desaparecidos estivessem no edifício no momento da tragédia.
Oficialmente, o Corpo de Bombeiros segue procurando por quatro pessoas. Ricardo Amorim, conhecido como Tatuagem, que era resgatado no momento que a construção veio abaixo. Também são considerados desaparecidos Selma Almeida da Silva e seus dois filhos gêmeos, que são procurados pelo vendedor Antônio Ribeiro Francisco.
Moradora de Itapevi, na Grande São Paulo, Zenaide Melo Souza, de 38 anos, conhecida como Denise, foi ao Largo do Paissandu, nesta quinta-feira, em busca de informações do ex-marido, o confeiteiro Francisco Lemos Dantas, de 56 anos, o Nilson. Ela tinha a esperança de encontrá-lo na frente na Igreja Nossa Senhora dos Pretos onde estão acampados os desabrigados.
Embora separados há dez anos, eles permanecem amigos. Nilton inclusive contribui nas despesas da casa de Denise.
— Eu me desesperei. Falo com ele todos os dias, mas desde o dia da tragédia não consegui mais falar com ele pelo celular —- diz Denise, que tem dois filhos com Nilson.
O confeiteiro, segundo a ex-mulher, teria se mudado para a ocupação há um mês e morava no oitavo andar do prédio. Antes, ele vivia em um quartinho alugado por R$ 700, também no centro da cidade. O valor ficou alto e ele optou por ir para o prédio invadido.
As irmãs Edivânia da Silveira e Vaneide também foram ao Largo Paissandu em busca informações sobre a mãe, Eva Barbosa da Silva, que morava no prédio com o marido, Walmir Souza. Após o desabamento, o casal não foi mais visto
— Quando eu acordei, já soube da notícia, fiquei desesperada — disse Edvani, em entrevista à TV Globo.
Segundo informações do G1, uma senhora também procura pelo sobrinho Arthur de Paula, conhecido como Pipa ou Mineiro.
De acordo com informações da Prefeitura, existem 49 pessoas que eram cadastradas no prédio mais ainda não se apresentaram.
-DO ALUNO YAN LEITE - 7 ANO.
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